Cadeia
Foto de 1960. Toninho Loureiro (brincando com o cachorro Jipe), sua irmã Lúcia, carregando a sobrinha Sueli Desídera. Há mais uma criança não identificada atrás de Sueli.
O Jipe era um cachorro especial. Para onde ia a criançada, o Jipe ia atrás, sempre brincalhão. Certa vez o Jipe (o cachorro) veio correndo e passou por baixo das pernas do João Célio. O João Célio se desequilibrou, caiu num buraco e – acredite – quebrou a perna! O Jipe, já velho e doente, teve um fim trágico, que nem é bom lembrar (foi sacrificado).
Local – era o quintal da casa de Élio (Mi) Gomes de Oliveira e Maristela. Casa que ficou para a família do vaqueiro Zé Perova. Na verdade, o quintal, grande, servia de pasto para o pernoite de cavalos, nos quais Mi Gomes ia diariamente ao seu sítio Barreiro. Servia também de campinho de futebol da gurizada.
Esta casa e o cômodo comercial da esquina (atualmente casa de dona Terezinha Macedo) foram construídas, na década de 40 (no auge da lavoura de algodão) pelo comerciante Manoel Luciano, que depois as vendeu para Batista Loureiro. Foram as primeiras construções do quarteirão. Somente depois foi construída a cadeia, depois a casa de Tadeu Benedito Gonçalves.
Cadeia – a construção ao fundo era a cadeia, construída por volta de 1950. Consta que a cadeia foi construída para dar tratamento mais humano aos bêbados e arruaceiros. Antes, eles eram castigados fisicamente, açoitados. Pedro Tomé (comerciante na casa que atualmente é da família de Roque Loureiro), delegado até o início dos anos 1950, tinha uma enorme correia de surrar os presos.
Há relatos de que mais antigamente os presos amanheciam amarrados em árvores (tais árevores ficavam no quarteirão da casa da Mãe Chiquinha).
Nhô Matias, pai de Pedro Matias, fez um relato em 1965, na Turiba, quando ele tinha uns 65 anos. Nhô Matias nasceu, portanto, por volta de 1900. “Sentindo-se velho, estava com peso de consciência por ter ajudado a surrar e a amarrar os presos em árvores. Os presos amanheciam amarrados, época em que ainda não havia cadeia. As árvores, segundo Nhô Matias, ficavam no quarteirão da casa de José Gonçalves de Macedo (e da Mãe Chiquinha). Nhô Matias, religioso, queria saber se essa atitude seria pecado.
Nhô Matias trabalhou na fazenda de Pedro Mariano de Oliveira”
3 Comments:
A vó de minha vó(chica)talvez seja essa mãe chiquinha que esteja mencionada na cidade de turiba...estou escrevendo um livro sobre ela...sou michele magno amaral de itararé-sp.
Meus pais Manoel Luciano e Dona Paula..foram moradores de Turiba nos anos 1939 /:1954:, contribuíram muito com desenvolvimento do local onde construíram proximo a cada onde moravam um armazém de secos e molhados na esquina (década de 1940) no auge da produção do algodão..ďepois está mesma propriedade foi vendida ao Sr Batista Loureiro..que tbem eram vizinhos e compadres..grandes recordações do local onde nasci...
Meu nome ..Jose Maria Furquim de Oliveira.....Turibano com muito orgulho..!!
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