quarta-feira, maio 23, 2012

Morre pesquisador do IEA José Sidnei Gonçalves

Gonçalves foi morto nesta segunda-feira (21/5/2012), aos 55 anos, na capital paulista

por Globo Rural On-line
Divulgação/Secretaria de Agricultura de São Paulo
Como pesquisador do IEA, Gonçalves focava sua atividade em pesquisa e desenvolvimento na área de economia aplicada à agricultura
O pesquisador José Sidnei Gonçalves, do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, foi morto nesta segunda-feira (21/5), aos 55 anos, na porta de sua casa, vítima de tiros durante tentativa de assalto na zona sul de São Paulo.
O corpo será velado no Cemitério da Vila Mariana - Rua Batista Caetano, 300, das 10 às 15 horas. Depois, segue para o município de Itaberá, onde será enterrado. "Zé Sidnei", como era mais conhecido, deixa mulher e três filhas.

Graduado em 1983 em engenharia agronômica pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp), era pesquisador científico do IEA desde 1992. Em 1997, tornou-se doutor em ciências econômicas pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com a tese "Mudar para Manter: Pseudomorfose da Agricultura Brasileira".

Como pesquisador do IEA, focava sua atividade em pesquisa e desenvolvimento na área de economia aplicada à agricultura, com ênfase na análise do desempenho setorial e políticas públicas à luz da teoria e da história econômica. Sua produção científica envolvia, principalmente, os temas desenvolvimento econômico, orçamento público, instrumentos de políticas governamentais, competitividade setorial, progresso técnico e estrutura de mercado e formação de preços.

Produziu mais de 650 trabalhos entre científicos, técnicos e conjunturais, três livros e 17 artigos de jornais, além de 49 apresentações de trabalhos em congressos e de 180 palestras. Foi coordenador da pesquisa agropecuária da Secretaria entre 1999 e 2000, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) no período de 2000-2004, presidente da Comissão de Estudos Estratégicos da Pasta entre 2008 e 2010, e desde então coordenava o Grupo Setorial de Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas da Secretaria. Ao todo, foram 36 anos de serviços prestados à Pasta. [NOTA DO BLOG: O SIDNEI ERA FILHO DO ROQUE GONÇALVES, MOTORISTA DA PREFEITURA DE ITABERÁ, NETO DE JOSÉ CILICO GONÇALVES, BISNETO DE JOSÉ GONÇALVES E MÃE CHIQUINHA, QUE MORARAM EM TURIBA DO SUL)

quarta-feira, setembro 15, 2010

COMENTÁRIO DE PRISCILA:

Blogger Priscila said...

nasci em turiba do sul em 1960.meu pai é odasil, minha mãe josefina.viemos para são paulo em 1965.moravamos ao lado do sítio do JOÃO ROSA. sinto muitas saudades.é muito bom ver as fotos e relembrar o pouco tempo que ali vivi. tenho irmãos, Jamil, Roque.Tião. irmãos da Cida do dito Leandro, que era cego

Outubro 25, 2009 11:20 PM

sábado, maio 08, 2010


Avinca comentou em 16-abril-2010:

Vendo sua informação [do blog] me vem à mente o tempo em que morei aí, de 1.964 a 68. Havia fartura de tudo, os sitiantes Zezico Gumercino, Zezão, que tinha um sitio la encima o João loro, criavam muito porco e vendiam gordo. Enchiam caminhão destes porcos e levavam. No dia em que o caminhão encostava, parava bem em frente nossa casa. E minha mãe dizia. Olha aquela bolsa de plastico pendurado no ombro do homem, aquilo tudo é o dinheiro pra pagar o caminhão de porco. E existia a hospitalidade dos outros vizinhos, meu pai mesmo ia la de livre e expontania vontade ajudar derrubar os porcos, um por um e colocar numa caixa (parece que chamava gamela) e o porco ficava ali quietinho enquanto pesava na balança. Depois de tudo feito, eu e meu irmão o Cidinho, nós moleques ficava de olho o homem abrir a bolsa de plastico e tirar muitos pacotes de dinheiro para o pagamento. E era muito dinheiro, porque o dono dos porcos até pedia pro meu pai e outros homens de sua confiança a ajudar a contar tudo. Deve ser a emoção da venda. E nóis, moleques corria pra casa: Mãe, é verdade, aquela bolsa tava cheia de dinheiro mesmo!!!
Hoje, pelo que vi mudou muito este lugar."

domingo, maio 10, 2009

"O mais novo Loureiro descendente dos de Turiba do Sul!"

E-mail enviado por Diogo Loureiro:

"Com 2 meses de idade, esse pequeno na foto é o:

Gustavo Loureiro,

Filho de Diogo Loureiro,

Neto de Francisco Loureiro,

Bisneto de Batista Loureiro,

Tataraneto de João Evergisto Loureiro.

Grande abraço, LORERADA!"




sexta-feira, maio 08, 2009

8.maio.2009



Follow up message

Olá, Tiao


Nao nos conhecemos, mas sou Rodrigo Mariano Cesar, filho do Nene Mariano.
Gosto muito de ver seu blog sobre a Toriba, vc, o Marcelo Lisboa e a Gloria tem muita informacao sobre la, e vejo sempre, gosto muito pois morei la ate os 4 anos, mas como quase todos nao vivemos la heheh

Infelizmente eu nao to ai no Brasil pra poder scanear ou t enviar materiais, mas pra informacao o meu pai, ou melhor a tia dora, tem muita foto da epoca do pedro mariano velho, dos irmaos do vo zè, do casamento do vo zè e da vò irahyde.

Eu gosto muito de pesquisar sobre familia, a parte da minha mae daqui da italia eu sei ate origens de 1600, conheco os parentes italianos, pois aqui è tudo registrado e se guarda muito a historia, pesquisando consegui saber bem a fundo, mas no caso do pai depois do pedro mariano, do pai dele o mariano eleodoro eu nao sei mais nada, nem imagino de onde tenham vindo, vc ou o marcelo saberiam dizer de onde veio o Mariano Eleodoro?

bom vou tentar pedir pro pai escanear fotos e tb vou entrar em contanto com marcos Goya, filho do falecido mario goya q viveu na toriba algumas fotos da epoca,

grande abraço e parabens pelo Blog!

sábado, novembro 15, 2008

A DONGA MORREU
Olá, Tião.
Já faz um bom tempo que não conversamos ou trocamos mensagens. Aí eu aproveitei para citar a morte da Donga, que com certeza você já sabe. Seria interessante comentar no blog da Turiba a respeito. Temos o costume de dar importância a falecimentos de pessoas ilustres e esquecer daqueles que, nos bastidores, fizeram o trabalho mais pesado para que alguns pudessem se dedicar às atividades políticas, comerciais, literárias etc.
Ela faleceu ontem, 31/10, por volta das 10 da manhã, após um ataque cardíaco em seu quarto. Chegou a ser atendida pelas enfermeiras do posto e levada pata o hospital, mas não deu tempo. Tinha, ao que parece, 77 anos, segundo ela mesma dizia. Como disse você, ela era uma das últimas pessoas da estirpe negra autêntica da Turiba. Solteira, cozinheira e doceira como poucas, passou quase toda sua vida trabalhando de doméstica. Quando a farturense Maria Emília Teixeira se estabeleceu como professora e na presidência voluntária da creche da Turiba, Donga passou a cozinhar ali, custeada pela própria Maria Emília, já que a prefeitura não tinha como contratá-la sem concurso. Antes de volta à sua terra, Maria Emília ajudou na aposentadoria daquela velha senhora cansada de guerra. Morava com o o irmão Titã. Foi sepultada às 10h de 01/11, no cemitério da Turiba. Ela é mais uma imagem viva de nossa infância que agora permanece na lembrança.Tião, se tiver alguma novidade histórica, fotos e outras coisas que tenha pesquisado sobre a Turiba avise.Um bom dia e forte abraço, estendido à sua mãe e família.
Marcelo Lisboa

sexta-feira, outubro 24, 2008

Comentário de Joyce Ap. de Macedo Sugino:
"Como disse meu irmão Josmar, sou muito orgulhosa e saudosa de meu pai "Iéié Macedo", que, com certeza ficaria muito feliz com esta página de Turiba na Web. Além disso, por gostar tanto de ler, escrever e fotografar, faria mil contribuições geniais para enriquecer, ainda mais, essa iniciativa bacana de vocês. Parabéns pelo gesto, e saibam que esse trabalho nos faz rememorar uma página feliz das nossas histórias, cercada de união, alegria, muito divertimento, e de pessoas que jamais sairão de nossas lembranças. Parabéns!!"
Comentário de JOSMAR MACEDO:
"Me chamo Josmar Parine de Macedo (50), fiquei extremamente emocionado ao ver a foto de meu pai José Chaves de Macedo (IéIé Macedo). Tenho a informar que meu pai viveu muito bem até meados de 1993, falecendo em 04/09/93, deixando prá traz uma bela história de vida, repleta de realizações, pricipalmente em áreas sociais. Deixou a esposa Maria José e os filhos José Roque, eu Josmar, Joyce, Joseli e Adriana (todos muito orgulhosos do pai que tivemos). Deixou também os netos: Valéria, Vinicius, Diego, Luiza, Vitor, Giovanni, Lígia e Laura. Até hoje ele é muito lembrado por todos de nossa comunidade em Osasco-SP, onde ele deixou seu saudoso nome gravado."

domingo, outubro 12, 2008

DE MARIA JOSÉ:
Olá! Me chamo Zezé, nasci nesta terra tão querida e abençoada por Deus, muitas lembranças eu tenho dos meus tempos de menina, da minha infância com meus avós, pais e irmãos, me lembro da velha escola, da igreja, onde íamos tocar o sino, e por quantas vezes, a presença de Deus se fazia presente naquela lugar (claro, sua casa era ali), meus avós, Batista Lima e Dona Luia, Dona Fia e Ernesto Antunes, o Tio João que adorava soltar rojão nas festas que aconteciam na casa da santa. Meus pais: Zé Cerdeira e Dona Santa. Escreverei outro dia para contar as histórias que ouvia de meus avós. Até qualquer dia então!!!

***
Comentário de Maria Inês, em 26-mar-2009:
-Oi, Zezé, a tia Fia, casada com o tio Ernesto (seus avós), era irmã do meu pai Chiquinho Cerdeira. Portanto seu pai era sobrinho do meu pai. Meu nome é Maria Inês Cerdeira e hoje moro em Campinas.
DE JOSÉ MARIA NITO:
"Procurando alguma notícia relacionada com a nossa região, digitei alguma coisa sobre Toriba (isso mesmo: toriba) e deparei-me com este trabalho maravilhoso sobre nossa região, encontrei dados que jamais imaginava que alguém conseguisse reunir em uma pagina da Web. Tião, eu me lembro de você quando eu ainda morava lá no sítio de meu pai, Aparecido Nito (Parício Nito), muito bom mesmo resgatar nossa historia, bem como detalhes dos antepassados, que nos antecederam; vivi naquela região até o ano de 1977, quando no dia 02 de Janeiro de 1978, o Rocão, esse mesmo que voce cita em seu blog, Rocão Berto, me transportou para a cidade de Itararé, de onde em 1979 me mudei para Sorocaba, onde resido até hoje, com minha família; minha mãe, ainda vive lá no sitio, com meu irmão benedito,meu pai já é falecido,muito importante este trabalho efetuado por você e pelo Marcelo Lisboa, que quando eu me mudei de lá ainda era bebê. Um abraço: José maria Nito, meu e-mail, jm.nito@hotmail.com.

sexta-feira, setembro 07, 2007

Capitão José Gonçalves de Macedo [Pai Zé]

Na Folha do Sul, jornal de Itapeva, em 07/09/2007, por Preto Mattos

O senhor José Gonçalves de Macedo era nascido na cidade de Queluz, estado de São
Paulo, sendo seus pais o senhor Manoel Gonçalves da Silva Campos e dona Gertrudes
Maria da Conceição. Nos primórdios do ano de 1880, a família chega a então Faxina, hoje Itapeva, fixando residência no então Distrito de Lavrinhas que na época pertencia a Faxina e que hoje pertence município de Itaberá. A família foi de grande importância para o desenvolvimento desta localidade, que depois de muitas lutas do Coronel Crescêncio Ferreira de Melo foi elevada a município, em 25 de abril de 1891, pelo decreto nº 152 lavrado e assinado pelo então governador do estado de São Paulo, dr. Américo Brasiliense de Almeida Melo, em 8 de abril de 1891.

Junto a grandes homens como Capitão Cornélio Domingos de Oliveira, Capitão Antonio Dias Batista Prestes, Major Amador Pereira de Almeida, Capitão Angelo Lourenço dos Santos, Capitão Antonio José Alves, Capitão Luiz de Mello e outros que também seriam responsáveis pelo patrimônio de Toriba, hoje distrito do município de Itaberá, o senhor José Gonçalves de Macedo teve grande e importante participação no progresso de Itaberá.

O senhor José Gonçalves de Macedo foi casado com dona Francisca Saturnino de Oliveira e tiveram os filhos

Teonilha Gonçalves de Almeida, que foi casada com o senhor João Evergisto de Almeida [João Loureiro];

Alfredo Lázaro Gonçalves, que foi casado com dona Maria Santos Gonçalves;

João Batista Gonçalves, que foi casado com Antonina de Oliveira Gonçalves;

Aura Gonçalves de Oliveira, que foi casada com Paulino Rodrigues de Oliveira;

José Cilico Gonçalves, casado com Etelvina Macedo Gonçalves;

dona Maria Cândida Oliveira, casada com o senhor Angelo Nunes Oliveira e, ainda, dois filhos adotivos,

Antonio Lisboa Gonçalves, que foi casado com dona Antonia Mendes Gonçalves;

e Maria José Cerdeira; que foi casada com o senhor João Batista Cerdeira.
Atualmente, seus familiares residem nos municípios de Itapeva, Itaberá, Itaporanga e outros da região, sempre contribuindo para o progresso desses municípios.

Faleceu o senhor José Gonçalves de Macedo, já em idade avançada, no dia 17 de novembro de 1941, e hoje esta coluna presta esta homenagem ao cidadão que muito representou ao progresso de nossa região.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Publicado a íntegra do HISTÓRICO SOBRE TURIBA DO SUL, escrito pelo professor Marcelo Lisboa. Leia aqui

sábado, janeiro 20, 2007

Origem do nome "Toriba"

Manuscrito (veja aqui) de José Cilico Gonçalves:

“Por volta de 1916, mais ou menos, no bairro Fazenda Velha, no município de Itaberá, foi inaugurado o Distrito Policial de Toriba, pelo Prefeito Municipal Sr. Amador Pereira de Almeida. Perguntado onde foi encontrado este nome, disse o Sr. Prefeito que viu numa lista de nome de cidades, e como havia gostado do nome, inaugurou o distrito com esse nome, ou seja, com o nome de Distrito Policial de Toriba, sendo o primeiro Sub-Delegado, Pedro Mariano de Oliveira.
Mais tarde, verificado o extravio de correspondência postal, foi descoberto que há êsse nome numa cidade no Ramal de Tabatinga na Estrada de Ferro, então passou esta a ser Toriba do Sul, nome êste que até a presente data ainda é."

De fato, o site Estações Ferroviárias informa (aqui) sobre a estação Toriba, no município de Matão:

A estação de Toriba foi inaugurada em 1911. Dela saía um ramal com 16 km, dos quais 9 km pertenciam à Cia. Agrícola Fazendas Paulistas, de Matão, e 7 km ao sr. Carlos Neche, de Araraquara, e que transportava lenha. Em 1966, a estação foi desativada juntamente com o ramal. A estação foi posteriormente demolida.

sábado, novembro 04, 2006

DA LEITORA SÍLVIA ROSA
"Esses da foto são meu Nono e meus tios, sou filha do Aparício e Lela...O blog tá muito bom...Silvia Rosa"
Obrigado, Sílvia, pela leitura e comentário. Abração para toda a família.

sábado, setembro 23, 2006


Foto de escola municipal, escaneado por Marcelo Lisboa do jornal "O Meridional", de 1939. Esta escola não durou muito tempo. Um buraco de formigueiro colocou em risco sua segurança; foi demolida. Localizava-se onde hoje é a atual escola.

sábado, setembro 16, 2006

A famosa égua Pampa e o cachorro Jipe - Toninho, Marcos e Loureiro

Manoel Rosa, Zezinho Vidal, Zé Maria, Pedrinho e Dito Lisboa

Bodas de Prata de João Batista de Almeida (Batista Loureiro) e Bizinha

quinta-feira, setembro 07, 2006

Turiba - data da fundação, dinamismo com algodão, milho, êxodo rural...
Desde que li os históricos de Turiba, um de Preto Mattos e outro de Marcelo Lisboa, fiquei pensando: será que Turiba é tão nova assim, sendo a primeira capela construída somente em 1892? Na minha cabeça, ela era mais velha.

Fui pesquisar. Não para conferir os excelentes trabalhos de ambos, mas para entender melhor. Achei uma excelente fonte: a Biblioteca do IBGE. E fui lá pesquisar a formação de Itapeva, Itaporanga, Taquarituba, Riversul, Coroenl Macedo...

Conclusão: a data de fundação de Turiba é perfeitamente compatível com a fundação dos vizinhos (leia aqui).

Entretanto, ficou outra dúvida: se Turiba é da mesma data de Riversul, Coronel Macedo, Taquarituba, por que Turiba ficou para trás?

É certo que Turiba teve grande dinamismo com o algodão, nos anos 1930/40 (depois o algodão em crise em todo o Estado de São Paulo). Para lá foram nessa época várias famílias de japoneses, da Areia Branca (bairro de Itapeva), especialmente nas fazendas de Pedro Mariano de Oliveira e Fatsuo Takeda (Antonião Japonês).

A maioria das casas comerciais – quase todas as casas da rua principal são comerciais, denotando dinamismo comercial – foram construídas nessa época. Atualmente, algumas delas estão sendo demolidas.

Toda a região próxima (Furquilha, Bairro dos Tomé, Cerrado, Quarentei e mesmo Ribeirão Branco da vizinha Itaporanga) vendia algodão para comerciantes de Turiba. Havia 5 ou 6 lojas de tecidos, com várias costureiras de roupas finas que atendiam toda a região.
Ainda nos anos 1950/60 tinha na Turiba um comércio forte de milho, com 5 ou 6 compradores. Depois disso, o comércio cerealista foi acabando (ou seja, foram acabando os produtores). Há várias ocorrências que merecem um melhor estudo: o boi, o êxodo rural (motivado pela industrialização que atraiu trabalhadores para a cidade), a mecanização (que transferiu a lavoura das terras dobradas para as terras planas).
Bom, por hoje é isso. Voltaremos ao assunto assim que formos terminando nossas pesquisas e entrevistas com antigos moradores.

quarta-feira, setembro 06, 2006

HISTÓRIA DE TURIBA DO SUL
Hoje, iniciamos a publicação do HISTÓRICO DE FORMAÇÃO E EVOLUÇÃO DO DISTRITO DE TURIBA DO SUL, do professor Marcelo Lisboa. Clique no link da coluna da direita, ou aqui.

terça-feira, setembro 05, 2006


Turiba. Cada da esquerda: João Batista Gonçalves/ Antonina. Da direita: Ana Nhana Correira/João Bento. Foto: irmãos Márcia e Clóvis, filhos de José Maria Vidal(Zezinho) e Neizinha Loureiro.


Erotides Gonçalves de Almeida, esposa Lili e filhos (Luiz, Maria Inês, Antonio Carlos, José Luiz e Milton). No verso da foto está escrito: 13-01-59. Erotides foi lavrador e comerciante em Turiba (loja, compra de algodão). Nos anos 50 mudou-se para Itaberá, onde também teve loja, foi cerealista, dono de posto de gasolina. Foi prefeito de Itaberá em 1960/1963.


Na escadaria da casa/loja de João Batista Gonçalves e Antonina. Lurdinha, Francisca, Lúcia, Toninha do Tó, Conceição, Mané Rosa Xavier, Zezinho do Chiquito, Fiinha do Chiquito e João Rosa Lisboa. Fim dos anos 50, início dos 60.


Otávio Desidera (1908-1966) e filhos Pedro e Valdemar. Em frente à igreja velha da Turiba, que depois foi reformada e ampliada. A família Desídera, de Itu, mudou-se para a Turiba em 07-12-1955. Foram os primeiros plantadores de cebola da região. Pedrinho, Valdinho e Nini - filhos de Otávio - passaram a jogar futebol para o time de Turiba. Pedrinho, goleiro, diz todo orgulhoso, "que desse time ninguém ganhava!" De fato, era um timaço! Pedrinho ainda jogou para o Bandeirantes, de Itaberá.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Propaganda da primeira campanha eleitoral de Pedro Mariano de Oliveira Filho, que foi prefeito de Itaberá em três ocasiões: 1969/1972, 1979/1982 e de 1997/2000. Durante a apuração da primeira eleição (naquele tempo a apuração era manual, demorada, contava-se cédula por cédula, em Itapeva), Pedro Mariano dirigiu-se para a fazenda de sua família, na Turiba. Confirmada a vitória, o povo de Itaberá inteiro - é o que parecia - foi para a Turiba, comemorar. De lá, organizou-se grande carreata com destino para Itaberá. Foi uma festa e tanto!

Cadeia


Foto de 1960. Toninho Loureiro (brincando com o cachorro Jipe), sua irmã Lúcia, carregando a sobrinha Sueli Desídera. Há mais uma criança não identificada atrás de Sueli.

O Jipe era um cachorro especial. Para onde ia a criançada, o Jipe ia atrás, sempre brincalhão. Certa vez o Jipe (o cachorro) veio correndo e passou por baixo das pernas do João Célio. O João Célio se desequilibrou, caiu num buraco e – acredite – quebrou a perna! O Jipe, já velho e doente, teve um fim trágico, que nem é bom lembrar (foi sacrificado).

Local – era o quintal da casa de Élio (Mi) Gomes de Oliveira e Maristela. Casa que ficou para a família do vaqueiro Zé Perova. Na verdade, o quintal, grande, servia de pasto para o pernoite de cavalos, nos quais Mi Gomes ia diariamente ao seu sítio Barreiro. Servia também de campinho de futebol da gurizada.

Esta casa e o cômodo comercial da esquina (atualmente casa de dona Terezinha Macedo) foram construídas, na década de 40 (no auge da lavoura de algodão) pelo comerciante Manoel Luciano, que depois as vendeu para Batista Loureiro. Foram as primeiras construções do quarteirão. Somente depois foi construída a cadeia, depois a casa de Tadeu Benedito Gonçalves.

Cadeia – a construção ao fundo era a cadeia, construída por volta de 1950. Consta que a cadeia foi construída para dar tratamento mais humano aos bêbados e arruaceiros. Antes, eles eram castigados fisicamente, açoitados. Pedro Tomé (comerciante na casa que atualmente é da família de Roque Loureiro), delegado até o início dos anos 1950, tinha uma enorme correia de surrar os presos.

Há relatos de que mais antigamente os presos amanheciam amarrados em árvores (tais árevores ficavam no quarteirão da casa da Mãe Chiquinha).

Nhô Matias, pai de Pedro Matias, fez um relato em 1965, na Turiba, quando ele tinha uns 65 anos. Nhô Matias nasceu, portanto, por volta de 1900. “Sentindo-se velho, estava com peso de consciência por ter ajudado a surrar e a amarrar os presos em árvores. Os presos amanheciam amarrados, época em que ainda não havia cadeia. As árvores, segundo Nhô Matias, ficavam no quarteirão da casa de José Gonçalves de Macedo (e da Mãe Chiquinha). Nhô Matias, religioso, queria saber se essa atitude seria pecado.

Nhô Matias trabalhou na fazenda de Pedro Mariano de Oliveira”

quinta-feira, agosto 31, 2006

Década de 1930


Erotides Gonçalves de Almeida, não identificada (NI), Francisca que foi esposa de Tó Rodrigues, NI, Francisco Vidal da Veiga (Chiquitão), Maria Conceição (Bizinha), NI, João Batista de Almeida (Batista Loureiro).

Pedro Desídera, 1959


Pedro Desídera mostrando propaganda política a um vendedor (dono do Jipe) em frente da casa de Roque Loureiro, onde Pedrinho teve uma armazém. A casa ao fundo era de João Nito/Fia Dito (demolida, no lugar foi construída a Igreja Cristã).

Pedrinho diz que estava mostrando propaganda política. Nessa época, quem aparecia muito na Turiba era o deputado Walter Menk, de Itararé. E também o deputado Augusto do Amaral.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Igreja velha, reformada na década de 1960


João Batista de Almeida (Batista Loureiro), Otávio Desídera e Almerindo Gonçalves de Almeida (Milo Loureiro).

Primeira escola em alvenaria (anterior à escolinha de tábua demolida nos anos 1960)


A baixinha é a Maria Aparecida de Almeida (Cida), filha de Batista Loureiro, esposa do Pedro Desídera. Cida estudou os três primeiros anos nesta escola entre 1946/48. Depois estudou em Itaberá. A Cida diz que sua irmã Inês fez o quarto ano na Turiba, em 1952 (provavelmente a primeira turma que fez o primário completo na Turiba).

Esta escola ficava onde hoje é a escola nova. Me lembro das paineiras que circundavam esta escola.

A outra menina é Inês, irmã de Antônia (viúva de Roque Ezequiel de Macedo). O Antônio filho do Marinho fez parte desta turma, segundo a Cida.

Anos 60 - Escolinha de tábua e a construção da nova escola


Em pé: Toninho Rosa Lisboa (de óculos), Toninho Loureiro (?), Celso genro do Dito Rosa/Lázara, Zé Neto. Sentados: Zé do Dito Rosa/Lázara, Tião Loureiro, João Batista do D.Rosa/Lázara, João Célio. O da direita, de braços cruzados, é o Toninho do Sebastião Rosa. Se estiver errado, me corrijam. O menino é filho de Maristela/Mi Gomes.

PS: a escolinha de tábua tinha duas classes e uma pequena sala no meio que servia de diretoria.


Raphael S. Campolim Almeida com seu filho Pedro.

Raphael é neto de Eliza Nunes da Silva (foto abaixo) e Paulo Anselmo da Silva (Paulico Lima). Eliza nasceu em um bairro próximo de Turiba, chamado Paiquerê. Paulino nasceu em Itaberá.

Eliza mudou-se para Turiba com 12 anos; casou-se aos 17. Ficou viúva aos 35 anos, com 7 filhos pequenos: Maria Eulália, Rosa Inês, Regina Célia, Vera Lúcia, Áurea Cecília, Rita de Cássia e Luiz Carlos e lutou bravamente para criar a família.

Mudaram-se para Itapeva em 1960, e foram morar na chácara do Adolfo Lima, primo do Paulico, até conseguirem alugar uma casa na cidade.

Hoje, dona Eliza está com 80 anos. Tem 20 netos, 9 bisnetos e se orgulha muito da família.

Raphael é filho de Vera Lúcia e Antonio Campolim. É médico dermatologista, atende em Itapeva na Clínica Cerqueira, Rua Santana, n°421.

Dona Eliza, 80 anos de dignidade

terça-feira, agosto 29, 2006

Ana Paula, Ruiz e Roque Loureiro - foto de 1976-77 (por aí)


Já havia luz (instalada recentemente). Asfalto, ainda não. A garagem era do Roque Loureiro de Almeida (já demolida). A casa seguinte era de João Batista de Almeida (Batista Loureiro), já demolida. No lugar foi construída a casa do Cláudio Loureiro e o Empório Loureiro. Atualmente a casa é habitada pelo Elói Loureiro.

A construção seguinte (em frente ao poste) era o armazém de Batista Loureiro, atualmente depósito do Empório Loureiro.

A casa mais à frente era da Nhana Correia e João Bento.

Mais à frente (distante) aparece a casa onde morou o Gregório, genro do Zé Perova. Esta casa pertenceu até os anos 60 ao Ezídio Mateus. Consta que a casa foi de José Cilico Gonçalves.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Igreja, Barracão de Festa. Placa: pavimentação da Rua João Loureiro (João Evergisto de Almeida) - ago/2006 - foto de Marcelo Lisboa

Turiba do Sul, agosto de 2006, foto de Marcelo Lisboa

domingo, agosto 27, 2006

HISTÓRIA DE TURIBA, POR PRETO MATTOS

TURIBA DO SUL E SUA HISTÓRIA

Pesquisa feita por Preto Mattos, da Secretaria de Cultura de Itapeva, em jornais antigos de Itapeva.

"Turiba é um distrito localizado no hoje município de Itaberá.

1-HISTÓRIA DE ITABERÁ

Itaberá quer dizer “pedra que brilha”, “pedra brilhante”, que outrora era distrito do então município de Faxina, hoje Itapeva.

Itaberá era a antiga Vila de Lavrinhas do Sul. Seus fundadores vieram de Minas Gerais. Seus nomes: José Rodrigues Simões, Francisco Antonio da Silva e Antonio Joaquim Diniz.

Foi no ano de 1864 que estes senhores fizeram doação do terreno para a cidade de Itaberá.

Os terrenos foram ofertados à Padroeira Nossa Senhora da Conceição, cuja capela foi levantada no ano de 1862, à meia encosta da colina à margem esquerda do rio Lavrinhas.

Deu-se em 1862 a fundação primitiva da povoação de Lavrinhas e a pequena capela construída pelos fundadores serviu de matriz da Paróquia até o ano de 1914, sendo então demolida para levantar em seu lugar a nova igreja.

Em 07 de outubro de 1870 foi criado o Distrito Policial de Lavrinhas, e o primeiro delegado foi o senhor Joaquim Mendes da Cruz, o escrivão interino foi o senhor João Domingues da Costa.

Pela lei provincial n° 16, sancionada pelo presidente da Província, conselheiro Doutor Antonio da Costa Pinto, a Capela de Nossa Senhora da Conceição de Lavrinhas, do município de São João Batista do Rio Verde (hoje Itaporanga) foi elevada à categoria de Freguesia, no dia 09 de março de 1871. Esta lei estabeleceu as divisas da nova paróquia, as quais foram alteradas somente pela lei n° 1373, de 31 de dezembro de 1912.

A lei provincial n° 69, de 20 de abril de 1872, transferiu a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição para o então município de Faxina (hoje Itapeva).

Em 1° de janeiro de 1877, foi instalado o Distrito de Paz de Lavrinhas, realizando-se a primeira audiência do Juiz de Paz Antonio Lino da Silva no dia 03 de fevereiro de 1877. Foi escrivão interino nesta audiência o senhor João Antunes de Moura (que mais tarde vem a ser vereador e prefeito municipal na então Faxina).

Graças ao prestígio político do Coronel Crescêncio Ferreira de Mello foi lavrado o decreto n° 152, de 08 de abril de 1891, assinado pelo então governador do Estado, doutor Américo Brasiliense de Almeida Melo, elevando à categoria de vila a freguesia de Nossa Senhora da Conceição. O município foi instalado em 25 de abril de 1891, tendo presidido a solenidade de instalação o coronel Crescêncio Ferreira de Mello, que era presidente da Intendência Municipal da então Faxina (hoje Itapeva).

Coronel Crescêncio Ferreira de Mello (sogro do coronel Acácio Piedade) deu posse aos intendentes nomeados pelo governador do estado: Venâncio José de Macedo, Capitão Antonio Dias Baptista Prestes, capitão José Pedro de Lima, tenente José Ferreira dos Santos, João Rodrigues Simões e Adolfo Bueno Pimentel.

2-TURIBA

Nesta mesma ocasião é começado o patrimônio de Turiba, que se denominava “ANTIGA FAZENDA VILA VELHA” e se deu o início no dia 08 de dezembro de 1892, pelo senhor Pedro Raimundo Pimenta, que era chamado de Pedro Carabina, e o senhor João Geraldo de Lima também ajudou no início. Ambos recém-chegados do norte de São Paulo, vieram junto com a comitiva do senhor Camilo de Macedo, dono da então Fazenda Ponte Alta.

Os iniciadores do patrimônio de Turiba, junto com o senhor João Batista Vaz, uniram-se para organizar 35 alqueires de terra na Fazenda Velha (onde hoje é Turiba) e no dia 08 de dezembro de 1892, foi levantada a primeira cruz feita por Pedro Carapina e Antonio Joaquim Pinheiro, que era chamado de Antonio Francelino, e neste mesmo dia foi rezado o primeiro terço nos pés da cruz e feito o primeiro leilão com grande número de sitiantes em baixo da mata.

Só havia meio alqueire de terreno limpo, onde foi levantada uma capelinha de madeira, feita por Pedro Carapina e seus filhos. Pedro Carapina sempre exerceu o cargo de membro da Comissão do Patrimônio de Turiba, até seu falecimento aos 85 anos de idade.

Consta que a primeira missa rezada na então capelinha foi realizada pelo padre Décio, no dia 08 de dezembro de 1892.

Os primeiros negociantes foram os senhores Pedro Vianna e Capitão Enéas e ambos eram naturais do então distrito e hoje município de Iporanga.

Foi por muitos anos, desde 1900, sub-fiscal interino da povoação de Turiba o senhor Francisco Xavier de Macedo.

E tinha o distrito policial de Turiba também derivado após o ano de 1900 (1916 segundo José Cilico Gonçalves) e teve as seguintes pessoas respondendo:

Sub-delegado: Pedro Mariano de Oliveira

Primeiro Suplente: João Evergisto de Almeida (João Loureiro)

Segundo Suplente: Firmino de Oliveira e Silva

Terceiro Suplente: José André da Silva
Escrivão: José Gonçalves de Macedo (Pai Zé)

Exerceu as funções de escrivão da paz no município de Itaberá, por 26 anos, o major Serviliano da Silva, que muito ajudou o distrito de Turiba, que para muitos também era chamado de Furquilha.
Nota: Marcelo Lisboa, professor de História, vem reunindo documentos e informações para escrever uma história. Marcelo está terminando o trabalho. Em breve começaremos a publicar seu texto. Aguardem. Vale a pena!
Se você tiver alguma informação, documentos, fotografias, favor entrar em contato com tiaoloureiro@superig.com.br

Foto de 1947, tirada no sítio Barreiro, de Nenê Gomes, que depois ficou para seu filho Élio Gomes de Oliveira (Mi Gomes). Renato Loureiro de Almeida, Roque Loureiro de Almeida (com 19 anos) e Iéié Macedo (filho de Roque Macedo e Clóris que se mudaram para São Paulo).
No verso da foto: "Aos sempre lembrados amigos Roque e Renato, uma recordação do dia de São João, 24-06-1947, e também do seu amigo Iéié Macedo. São Paulo. 09-10-47."
PS: Nessa época o terno era moda. À missa, todos iam de gravata e camisa branca, inclusive os meninos. Até os anos 50, ia mensalmente na Turiba um alfaiate de Avaré, João Japonês, que se hospedava na casa de Dona Fia Nito.

Agosto/2006 - foto Marcelo Lisboa

sábado, agosto 26, 2006

Jornal publica nota de falecimento de José Gonçalves de Macedo (Pai Zé, marido de Mãe Chiquinha) em 1943


Recorte de jornal enviado por Glória, neta de José Cilico Gonçaves, e Marcelo Lisboa, professor de História. Infelizmente está faltando a parte inferior da notícia. Leia a seguir a nota de falecimento:


Final: "Deixa o extinto também trinta netos e sete bisnetos..." (é aí que falta um pedaço do jornal. Abaixo continua a outra coluna, relacionando as pessoas presentes no velório:

Manuscrito de José Cilico Gonçalves (19...../19......) sobre a origem do nome Turiba


O texto diz o seguinte (veja a postagem abaixo, dá para ampliar o texto com um clique no mouse!):

Toriba do Sul

“Por volta de 1916, mais ou menos, no bairro Fazenda Velha, no município de Itaberá, foi inaugurado o Distrito Policial de Toriba, pelo Prefeito Municipal Sr. Amador Pereira de Almeida. Perguntado onde foi encontrado este nome, disse o Sr. Prefeito que viu numa lista de nome de cidades, e como havia gostado do nome, inaugurou o distrito com esse nome, ou seja, com o nome de Distrito Policial de Toriba, sendo o primeiro Sub-Delegado, Pedro Mariano de Oliveira.

Mais tarde, verificado o extravio de correspondência postal, foi descoberto que há êsse nome numa cidade no Ramal de Tabatinga na Estrada de Ferro, então passou esta a ser Torib
a do Sul, nome êste que até a presente data ainda é.
-------
Devido a um pequeno derrame que me atacou o braço direito, a caligrafia piorou, mas, soletrando dá para entender.”


Que maravilha! Grande Cilico, sempre bem-humorado! Fez graça do próprio derrame/caligrafia.

Cilico tinha grande paixão por cavalos. Ia passear na Turiba (depois que passou a morar em Itaberá) a cavalo, por puro prazer! Fazia isso até os anos 60/70, pelo menos.

Cilico foi um anjo-da-guarda da família, sempre disposto a ajudar e orientar. Trabalhava no Posto de Saúde de Itaberá (depois em Itararé).


Uma historieta: meu pai Roque Loureiro e minha mãe Maria Tereza Garcia estavam indo da Turiba do Sul (esse é nome oficial da terrinha, talvez até para ficar distinto da Toriba da Estrada de Ferro que Cilico cita), meus pais estavam indo para Itararé, onde minha mãe seria operada por problemas de “fígado”, em 1951.

Ocorre que minha estava grávida e corria o risco (alto) de perder o bebê.

Cilico, tio de meu pai, levou minha mãe para uma consulta com o Dr. Cássio Figueiredo, médico que atendia no Posto em Itaberá.

Pronto, o problema foi resolvido: Dr. Cássio desaconselhou a cirurgia, prescreveu medicamentos e minha está sã e forte até hoje!

E este blogueiro teve a oportunidade de vir para este mundo!

Nota: o texto do Cilico foi enviado por Glória (neta de Cilico) e Marcelo Lisboa (professor de História), aos quais agradeço a inestimável colaboração para o resgate da história.

Glória, quando Cilico escreveu o texto? Me mande fotos e dados bibliográficos de Cilico e Etelvina, dois grandes turibenses!

Clique para ampliar o manuscrito sobre a origem do nome Toriba, por José Cilico Gonçaves

sexta-feira, agosto 25, 2006

Foto na Turiba, enviada por Marcelo Lisboa/Glória, sem data, sem identifacação das pessoas. Quem é capaz de decifrar pelo menos o local da casa?


Comentário do Delo: "Esta casa tá com cara de ser a casa da Dona FIA NITO, perto da nossa casa! Pelo jeito das portas e janelas e principalmente pelo morro atrás da casa. Morro/terreno que era de Ernesto Antunes e depois ficou para Zezico Leandro e sucessores."

A Maria Tereza Garcia, mãe do Delo, confirma. É mesmo. Antes de ser de João Nito/Fia Nito, a casa pertencia ao comerciante José Ferreira (irmão do Lazinho Ferreira, comerciante na Furquilha) e sua esposa Francisca Proença. A casa foi demolida e no lugar foi construída a Igreja Cristã.

Dona Maria Tereza conta detalhes: nos anos 1940, ela e sua família (que moravam no vizinho Bairro Ribeirão Branco - Itaporanga) vinham a cavalo na Turiba em festas, época em que ela paquerava o Roque Loureiro (com que se casou em 1949). Era exatamente no quintal dessa casa que eles deixavam os cavalos (Francisca Proença, esposa de José Ferreira, era sua tia).

Nessa época, Turiba era centro comercial da região. Maria Tereza conta que seu pai Vitorino Garcia vendia algodão na Turiba para os comerciantes Pedro Mariano e Chiquinho Cerdeira. O algodão era transportado, diariamente, em carroças de tração animal.

Por volta de 1945, a lavoura de algodão entrou em crise em conseqüência de uma doença que apareceu na região. "A maça do algodão não abria, bichocava tudo".

Roque Loureiro com a neta Ana Paula, em 1975


Ainda não havia asfalto nem luz elétrica. A primeira casa da esquerda era de dona Fia Nito/João Nito, depois de Onofre Elídio de Camargo, que foi demolida (no lugar foi construída a Igreja Cristã). A casa seguinte, tambem à esquerda, também foi demolida (onde morou o José Desídera, depois o João Durica).

terça-feira, agosto 22, 2006

Casa de José Gonçalves de Macedo (Pai Zé, na porta) e Mãe Chiquinha

Turiba - agosto 2006 - foto de Marcelo Lisboa

Paulino Gomes de Oliveira (1892 - 1960)


Em construção, faltando dados bibliográficos
COMENTÁRIO DA LEITORA LAURA

"Foi muito lindo ler todos os nomes que marcaram nossa vida, meus olhos lacrimejaram ao recordar tantos momentos maravilhosos da infância que passamos lá. São tantas lembranças...momentos inesquecíveis... Só uma dúvida: no meu RG consta Toriba do Sul e não Turiba, qual nome seria o correto?
Parabéns pelo ótimo trabalho...Adorei...Beijos. Laura."

Obrigado, Laura. O nome oficial adotado pelo IBGE é mesmo Turiba do Sul. No histórico sobre Itaberá, consta o seguinte: "Lei Estadual n° 5285, de 18 de fevereiro de 1959, cria o Distrito de Turiba do Sul e incorpora ao Município de Itaberá.
Veja aqui

domingo, agosto 20, 2006

Pedro Mariano de Oliveira (1878-1961)

EM EDIÇÃO - ME AJUDEM COM DADOS, FOTOS ETC, POR FAVOR

Pedro Mariano teve grande fazenda em Turiba, cujas terras ainda estão em mãos dos herdeiros. Exerceu forte liderança no Distrito e mesmo em Itaberá. Foi casado com Bárbara Vidal César. Dona Bárbara, segundo o professor de História Marcelo Lisboa, nasceu em Extrema (MG) em 1902.

Era proprietário em Itapeva do antigo (já demolido) casarão na Avenida Coronel Acácio, onde foi sede do DER, em cujo terreno (quase um quarteirão) construi diversas casas.

Dona Bárbara e Pedro Mariano tiveram os seguintes filhos: (me ajudem com os dados!!!)

  1. José Vidal César, Zé Mariano, que faleceu neste ano de 2006; foi casado com Iraíde.
  2. Lurdes
  3. Tereza, casada com Antonio (Toninho do Tango), mora em Sorocaba
  4. Mariano de Oliveria, que mora em Itapeva
  5. Pedro Mariano de Oliveira Filho, que foi prefeito de Itaberá por três vezes, e conservou a fama de administrador capaz e honesto; é casado com Maria José
  6. João Mariano de Oliveria, casado com Carmela, mora em Itaberá
  7. Maria José, casado com Venâncio Antonio Mendes, moram em ........
  8. Maria Aparecida, casada com Fernando César Belézia, mora em Itapeva
  9. Antonio, Toninho Mariano, foi professor universitário, falecido em .........

Me ajudem a completar os dados.

Segundo pesquisa de Preto Mattos em jornais antigos de Itapeva, Pedro Mariano de Oliveira foi delegado em Turiba.

Meu avô Vitorino Garcia, nascido em 1901, morador de Itaporanga, frequentava a Turiba em sua mocidade (nessa época, segundo Vitorino, o comércio de Turiba era maior do que o de Itaporanga!)

Vitorino, um contador de história, gostava de relembrar versos cantados na Turiba:

"Pedro Mariano, senhor delegado, saia na rua prá ver o samba da negada!"

Foto de 1926: José Cilico Gonçalves e Etelvina

O primeiro Loureiro de Turiba

João Evergisto de Almeida (João Loureiro) e Theonila Gonçalves de Almeida. Ela era de Itaí (SP), ele era de Piraju (SP). Moraram na fazenda da família Loureiro em Piraju (SP). Depois, por volta de 1910 (em que ano?) vieram para Turiba, no sítio Barreiro (80 alqueires).

Theonila era filha de José Gonçaves de Macedo (Pai Zé) e Francisca Saturnina de Oliveira (Mãe Chiquinha), que vieram antes para a Turiba, onde montou um comércio.

João Evergisto de Almeida, conforme certidão de óbito (n° 1045, fls 79-V, livro C-08 do Cartório de Registro Civil de Itaberá), faleceu em 13 de setembro de 1935, no sítio Barreiro, com 50 anos de idade, sendo sepultado no cemitério de Turiba. O declarante foi seu cunhado, Sr. Alfredo Lázaro Gonçalves. João Loureiro era natural de Piraju (SP), filho de Uricena de Almeida Mello e Salvador Loureiro de Mello.

Theonila nasceu em..........faleceu em 09-04-1977 em Itapeva, foi sepultada na Turiba.

João Loureiro e Theonila tiveram os seguintes filhos: (NOTA, todos os dados estão sendo coletados, alguns podem apresentar erros; peço ajuda para completar dados, nomes corretos, histórias etc)

  1. Maria Aparecida de Oliveira - Sulica - nasceu em Itaí em 11-01-1912, faleceu em Itaberá, onde morava, em 22-10-1975; foi casada com Luiz Gomes;
  2. Lázara - Lazica; solteira; nasceu em Itaí ou Piraju (?).....faleceu em Garça (SP), em 1971.
  3. João Batista de Almeida, Batista Loureiro, nascido na Turiba em 1914 (?), casado com Maria Conceição (Bizinha), vieram para Itapeva nos anos 1970 (em que ano?); ambos faleceram em acidente automobilístico em 12/10/1988;
  4. José Loureiro de Almeida - Zequinha Loureiro, nasceu na Turiba em ..... ; foi casado com Lúcia Rodrigues; mudaram-se para Itaporanga nos anos (?); morreu em ..........(ano?)
  5. Erotides Gonçalves de Almeida, nasceu na Turiba em ............., onde foi lavrador e comerciante; casado com Lili (nome completo?); mudou-se para Itaberá, onde foi comerciante, cerealista; foi prefeito de Itaberá de 1960 a 1963; faleceu em ...... ano (década de 70)?
  6. Almerindo Gonçalves de Almeida; nasceu na Turiba, em .........; casado com Iolanda Desídera; foi comerciante em Turiba e Itaberá; mudou-se para Itu; faleceu na Turiba......... (década de 70), onde passava as férias, sepultado em Itu.
  7. Renato Loureiro de Almeida, nasceu em 10/01/1926; casado com Maria dos Santos Almeida(Maria Rosa); nunca sai de Turiba, onde foi lavrador e comerciante; faleceu em 27/09/2002;
  8. Roque Loureiro de Almeida, nasceu em 10-09-1928, casado com Maria Tereza Garcia; foi comerciante e agricultor, sempre na Turiba; morreu em Itapeva em 19/05/1993, onde está sepultado.
  9. Maria Estela, a caçula, nascida em 1930, ano da Revolução. Temerosa dos efeitos da revolução, Theonila deixou o sítio Barreiro e foi para Turiba, onde deu à luz. Maria Estela foi casada com Élio (Mi) Gomes; faleceu em ........ 1995 (?), sepultada em Itararé.

SINSINATO (qual a grafia correta?) MORRE DURANTE TEMPESTADE - A primeira casa do sítio Barreiro oferecia pouca proteção. Durante uma forte tempestade, entrou chuva na casa, tiveram que se esconder em baixo de mesas. Parte da casa destelhou. Desespero! Quando foram verificar, Sinsinato (sexto filho??), bebezinho que dormia enrolado em cobertores, estava morto. Theonila contava isso com muita tristeza.

NOTA: ME AJUDEM COM DADOS, DATAS, HISTÓRIAS. ESCREVAM PARA tiaoloureiro@superig.com.br

sexta-feira, agosto 18, 2006

Foto aérea de Turiba, fornecida pelo Elói Loureiro - recente (clique na foto para aumentar de tamanho)

Aí vem à mente as imagens da Turiba de minha infância

Artigo de Sebastião Loureiro, publicado no Jornal Folha do Sul (Itapeva) em 18-12-2004

MONJOLO, TRATOR E CIDADE GRANDE

De manhã, na Castelo Branco, enorme quantidade de caminhões levando frango, leite, iogurte, verdura, milho verde, tudo. Já na Capital, uma feira coalhada de gente comprando e vendendo.
- Interessante, como pode uma cidade desse tamanho não ter problemas de abastecimento?
- Ao contrário, há de tudo.
- Como ninguém é obrigado, qual a força que induz milhares de pessoas a se dedicarem frenética e espontaneamente a produzir, transportar e vender tanto, sem o que a vida na cidade seria inviável?
- Cada qual precisa trabalhar, ganhar dinheiro para satisfazer suas próprias necessidades e desejos. É o que move o mercado.
- Duro para os pobres e desempregados.
- Verdade. Mas para isso existe governo que arrecada pesados impostos de quem trabalha e produz, exatamente para fomentar a economia e compensar o lado mais fraco.
Aí vêm à mente imagens da Turiba de minha infância. O sítio pré-capitalista da dona Fia Nito, cuja produção era destinada, sobretudo, ao sustento da família e dos meeiros. A carne de porco conservada na banha, em latas de 20 litros. O cavalo baio que andava em círculo para girar o engenho de pau, de onde escorria a garapa de cana, depois transformada, na fervura dos tachos, em melado, rapadura e açúcar mascavo.
O monjolo do Miguel Rosa que fazia farinha, tocado por água desviada por coqueiros cortados em cuia.
O armazém do pai, que vendia o que os sítios não produziam: querosene, BHC (ambos vendidos no picado!), creolina, enxada, foice, açúcar branco, macarrão, sardinha, sal, cerveja quente e a “marvada” pinga de todas as ocasiões.
Agora é diferente, os meeiros foram pra cidade construir caminhões e tratores, com os quais os agricultores abastecem a cidade grande (ex-meeiros construíram também fortes sindicatos e lideranças políticas).
Cada fazenda produz não mais que dois ou três produtos – para vender. E compra quase tudo no comércio, desde ovos, leite e verduras. É o que chamam de divisão do trabalho: é preciso especializar-se para ter competitividade, senão o banco toma.
Bem ou mal, é a marcha inexorável da História, cuja lógica parece advir da evolução do conhecimento e da tecnologia, que ditam em cada período o modo de produção e de apropriação, com amplo reflexo nos mais variados campos do relacionamento humano.
Saudosismo resolve?
Sebastião Loureiro

terça-feira, agosto 15, 2006

EM PÉ: Cida Rosa - Cida do Ranulfo Durica - Ana Maria Almeida - neta da Lázara Rosa - Leni - João Batista do Dito Rosa - Luizão Rosa - primo dos Rosa - Chico Rosa.
AGACHADOS: Toninho Loureiro - Nicinha - Tião Loureiro - Joaquim Rosa - Delo Loureiro.
Foto enviada por Marcelo Lisboa. Tirada no final dos anos 1960, na Furquilha, em festa de São Sebastião, que é comemorada em 20 de janeiro. Em férias na Turiba, a gente ia a cavalo nas festas da redondeza.
Ô tempo bom!

sexta-feira, julho 28, 2006

Turiba do Sul - Rua Mãe Chiquina - foto de 1983 - enviada por Marcelo Lisboa

Clique na foto para aumentar de tamanho. A casa da direita é da família Roque Loureiro. Há um banco de madeira na calçada. Meu pai passava horas sentado no banco, conversando, conversando, conversando!
A rua ainda era de terra (hoje é asfaltada).
A casa da esquerda, com um toldo, também era do tio Batista Loureiro, que teve um armazém de secos e molhados ali. Depois foi a farmácia do Ditão Gomes/Dona Elza. Depois ficou para o Zé da Máquina.
Foi ali que o Zé Leite, esperto que só ele, pediu uma pinga ao Toninho Loureiro. O Toninho estava atendendo o armazém de seu pai. "Menino, se você me der a pinga, conto o maior segredo do mundo!". Claro, ganhou a pinga. Bebeu devagarinho, com o maior gosto, lambeu os beiços.
E a gurizada só olhando, toda curiosa para saber o maior segredo!
Zé Leite Capacete Paletó olhou de um lado, olhou de outro, fez ar de professor (professor que nunca teve na vida, era analfabeto).
"Menino, o maior segredo do mundo...".
Tomou mais um trago, lambeu os beiços novamente, olhou para os lados mais uma vez.
"O maior segredo do mundo é...
um homem saber fazer outro!"

Agosto 2006 - foto de Marcelo Lisboa