sábado, setembro 23, 2006


Foto de escola municipal, escaneado por Marcelo Lisboa do jornal "O Meridional", de 1939. Esta escola não durou muito tempo. Um buraco de formigueiro colocou em risco sua segurança; foi demolida. Localizava-se onde hoje é a atual escola.

sábado, setembro 16, 2006

A famosa égua Pampa e o cachorro Jipe - Toninho, Marcos e Loureiro

Manoel Rosa, Zezinho Vidal, Zé Maria, Pedrinho e Dito Lisboa

Bodas de Prata de João Batista de Almeida (Batista Loureiro) e Bizinha

quinta-feira, setembro 07, 2006

Turiba - data da fundação, dinamismo com algodão, milho, êxodo rural...
Desde que li os históricos de Turiba, um de Preto Mattos e outro de Marcelo Lisboa, fiquei pensando: será que Turiba é tão nova assim, sendo a primeira capela construída somente em 1892? Na minha cabeça, ela era mais velha.

Fui pesquisar. Não para conferir os excelentes trabalhos de ambos, mas para entender melhor. Achei uma excelente fonte: a Biblioteca do IBGE. E fui lá pesquisar a formação de Itapeva, Itaporanga, Taquarituba, Riversul, Coroenl Macedo...

Conclusão: a data de fundação de Turiba é perfeitamente compatível com a fundação dos vizinhos (leia aqui).

Entretanto, ficou outra dúvida: se Turiba é da mesma data de Riversul, Coronel Macedo, Taquarituba, por que Turiba ficou para trás?

É certo que Turiba teve grande dinamismo com o algodão, nos anos 1930/40 (depois o algodão em crise em todo o Estado de São Paulo). Para lá foram nessa época várias famílias de japoneses, da Areia Branca (bairro de Itapeva), especialmente nas fazendas de Pedro Mariano de Oliveira e Fatsuo Takeda (Antonião Japonês).

A maioria das casas comerciais – quase todas as casas da rua principal são comerciais, denotando dinamismo comercial – foram construídas nessa época. Atualmente, algumas delas estão sendo demolidas.

Toda a região próxima (Furquilha, Bairro dos Tomé, Cerrado, Quarentei e mesmo Ribeirão Branco da vizinha Itaporanga) vendia algodão para comerciantes de Turiba. Havia 5 ou 6 lojas de tecidos, com várias costureiras de roupas finas que atendiam toda a região.
Ainda nos anos 1950/60 tinha na Turiba um comércio forte de milho, com 5 ou 6 compradores. Depois disso, o comércio cerealista foi acabando (ou seja, foram acabando os produtores). Há várias ocorrências que merecem um melhor estudo: o boi, o êxodo rural (motivado pela industrialização que atraiu trabalhadores para a cidade), a mecanização (que transferiu a lavoura das terras dobradas para as terras planas).
Bom, por hoje é isso. Voltaremos ao assunto assim que formos terminando nossas pesquisas e entrevistas com antigos moradores.

quarta-feira, setembro 06, 2006

HISTÓRIA DE TURIBA DO SUL
Hoje, iniciamos a publicação do HISTÓRICO DE FORMAÇÃO E EVOLUÇÃO DO DISTRITO DE TURIBA DO SUL, do professor Marcelo Lisboa. Clique no link da coluna da direita, ou aqui.

terça-feira, setembro 05, 2006


Turiba. Cada da esquerda: João Batista Gonçalves/ Antonina. Da direita: Ana Nhana Correira/João Bento. Foto: irmãos Márcia e Clóvis, filhos de José Maria Vidal(Zezinho) e Neizinha Loureiro.


Erotides Gonçalves de Almeida, esposa Lili e filhos (Luiz, Maria Inês, Antonio Carlos, José Luiz e Milton). No verso da foto está escrito: 13-01-59. Erotides foi lavrador e comerciante em Turiba (loja, compra de algodão). Nos anos 50 mudou-se para Itaberá, onde também teve loja, foi cerealista, dono de posto de gasolina. Foi prefeito de Itaberá em 1960/1963.


Na escadaria da casa/loja de João Batista Gonçalves e Antonina. Lurdinha, Francisca, Lúcia, Toninha do Tó, Conceição, Mané Rosa Xavier, Zezinho do Chiquito, Fiinha do Chiquito e João Rosa Lisboa. Fim dos anos 50, início dos 60.


Otávio Desidera (1908-1966) e filhos Pedro e Valdemar. Em frente à igreja velha da Turiba, que depois foi reformada e ampliada. A família Desídera, de Itu, mudou-se para a Turiba em 07-12-1955. Foram os primeiros plantadores de cebola da região. Pedrinho, Valdinho e Nini - filhos de Otávio - passaram a jogar futebol para o time de Turiba. Pedrinho, goleiro, diz todo orgulhoso, "que desse time ninguém ganhava!" De fato, era um timaço! Pedrinho ainda jogou para o Bandeirantes, de Itaberá.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Propaganda da primeira campanha eleitoral de Pedro Mariano de Oliveira Filho, que foi prefeito de Itaberá em três ocasiões: 1969/1972, 1979/1982 e de 1997/2000. Durante a apuração da primeira eleição (naquele tempo a apuração era manual, demorada, contava-se cédula por cédula, em Itapeva), Pedro Mariano dirigiu-se para a fazenda de sua família, na Turiba. Confirmada a vitória, o povo de Itaberá inteiro - é o que parecia - foi para a Turiba, comemorar. De lá, organizou-se grande carreata com destino para Itaberá. Foi uma festa e tanto!

Cadeia


Foto de 1960. Toninho Loureiro (brincando com o cachorro Jipe), sua irmã Lúcia, carregando a sobrinha Sueli Desídera. Há mais uma criança não identificada atrás de Sueli.

O Jipe era um cachorro especial. Para onde ia a criançada, o Jipe ia atrás, sempre brincalhão. Certa vez o Jipe (o cachorro) veio correndo e passou por baixo das pernas do João Célio. O João Célio se desequilibrou, caiu num buraco e – acredite – quebrou a perna! O Jipe, já velho e doente, teve um fim trágico, que nem é bom lembrar (foi sacrificado).

Local – era o quintal da casa de Élio (Mi) Gomes de Oliveira e Maristela. Casa que ficou para a família do vaqueiro Zé Perova. Na verdade, o quintal, grande, servia de pasto para o pernoite de cavalos, nos quais Mi Gomes ia diariamente ao seu sítio Barreiro. Servia também de campinho de futebol da gurizada.

Esta casa e o cômodo comercial da esquina (atualmente casa de dona Terezinha Macedo) foram construídas, na década de 40 (no auge da lavoura de algodão) pelo comerciante Manoel Luciano, que depois as vendeu para Batista Loureiro. Foram as primeiras construções do quarteirão. Somente depois foi construída a cadeia, depois a casa de Tadeu Benedito Gonçalves.

Cadeia – a construção ao fundo era a cadeia, construída por volta de 1950. Consta que a cadeia foi construída para dar tratamento mais humano aos bêbados e arruaceiros. Antes, eles eram castigados fisicamente, açoitados. Pedro Tomé (comerciante na casa que atualmente é da família de Roque Loureiro), delegado até o início dos anos 1950, tinha uma enorme correia de surrar os presos.

Há relatos de que mais antigamente os presos amanheciam amarrados em árvores (tais árevores ficavam no quarteirão da casa da Mãe Chiquinha).

Nhô Matias, pai de Pedro Matias, fez um relato em 1965, na Turiba, quando ele tinha uns 65 anos. Nhô Matias nasceu, portanto, por volta de 1900. “Sentindo-se velho, estava com peso de consciência por ter ajudado a surrar e a amarrar os presos em árvores. Os presos amanheciam amarrados, época em que ainda não havia cadeia. As árvores, segundo Nhô Matias, ficavam no quarteirão da casa de José Gonçalves de Macedo (e da Mãe Chiquinha). Nhô Matias, religioso, queria saber se essa atitude seria pecado.

Nhô Matias trabalhou na fazenda de Pedro Mariano de Oliveira”